Todos já ouviram falar em Ikebana, né? Aqueles arranjos japoneses de flores super elegantes, clean e geralmente feitos com orquídeas? Pois bem, dada a introdução, apresento-lhes a nêmesis da Ikebana: a FREAKebana!
Ao contrário da Ikebana, que foi criada no século VI e parte do princípio de arranjar flores de forma natura etos naturais como galhos, rochas e vagens de semente para deixar que a flor se destaque naturalmente, a Freakebana é a irmã mutante e promove o exagero, o kitsch e a liberdade ao montar arranjos em frutas e legumes. Uma ode ao estranho, on ervas daninhas surgem de batatas, rosas espinhentas de metades cítricas e lírios são espetados em pêras portuguesas. É menos sobre harmonizar beleza e mais sobre ser expressivo.
O resultado final parece uma escultura, completamente fora dos padrões e com um pé no surrealismo – mesmo que flores e frutos caminhem juntos no ciclo da vida vegetal -, uma quebra de paradigmas aos buquês ocidentais arrumadinhos e perfeitos.
Parte teórica ok, vamos para a prática? Se liga na lista de materiais e nas dicas preciosas para a arte da Freakebana:
- Flores: compradas ou colhidas no jardim. Preste atenção na força do caule, elas precisam ser bem resistentes e durinhas. Antúrios, dálias, cravos, rosas e crisântemos são boas escolhas;
- Frutas e/ou vegetais: são as bases do arranjo. Ao contrário das flores, escolha frutas e vegetais macios (mas não molengas!). Não tem uma regra sobre o que usar, pode pegar o que tem na geladeira mesmo, só preste atenção no cheiro da fruta (não vai abrir uma jaca pra espetar flor, né?) ou mosquitinhos que podem aparecer;
- Ferramentas: depende muito da rigidez na superfície da fruta/vegetal. Pode ser um lápis, espetinho de churrasco, chave de fenda e faca. Também dá pra enfiar a flor direto na base, sem precisar furar nada.
Curtiram? Eu achei incrível, já vou pra feira com um olhar diferente essa semana!
Imagens: Reprodução/Samantha Margherita para Bust Magazine